
Ser santo é abraçar a vontade do Evangelho sem medidas, atribuindo tudo o que temos e somos à missão de salvar almas.
Com essas palavras, iniciamos a reflexão sobre o dia que a Igreja dedica a todos os santos.
Falar de santidade, de modo geral, nos leva a meditar sobre a necessidade de praticar grandes feitos e obras extraordinárias no exercício da vida cristã, e isso não é uma inverdade, pois as Sagradas Escrituras nos exortam: “O Reino dos Céus é para os violentos.” Mas entenda essa “violência” e o “extraordinário” como a vontade avassaladora, simples, genuína e decidida de proclamar, viver e fazer viver o que Cristo viveu.
De acordo com o significado da palavra, santo pode ser definido como aquele que, em sua essência, é puro, simples e modelo de conduta a ser seguido. Isso não se confunde com perfeição, mas com uma trajetória de busca incessante pelo amor, pela paz, pela união e pelo anúncio da palavra do bom Deus. Ser santo é sinônimo de permanência, mesmo quando a fé se abala; é a decisão de seguir o Evangelho de Cristo, mesmo com erros e falhas, aprendendo durante o processo para não mais errar.
A Igreja, sabiamente, elegeu o dia 1º de novembro para homenagear e relembrar o testemunho de vida daqueles que viveram uma fé e virtudes de tamanha distinção na missão de salvar almas, e que agora, já na glória eterna, intercedem por nós junto a Deus.
Para além dos santos reconhecidos (canonizados), a data recorda também todos aqueles que, em sua trajetória, transcenderam no amor e na caridade em prol dos irmãos. É uma oportunidade de reflexão sobre o chamado à santidade, mensagem da Mãe Igreja de que o caminho da santidade está aberto a todos, para que possamos viver a plenitude da vida cristã em nossas tarefas diárias, por mais simples que sejam.
Como dizia Santa Teresa de Calcutá:
“A santidade não consiste em fazer coisas extraordinárias, mas em fazer as coisas ordinárias com amor extraordinário.”
Jesus nos convida ao amor concreto, para que possamos oferecer tudo o que somos e temos ao próximo, mesmo que nos reste um paupérrimo “sim”, permeado de pecados. Sabe por quê? Porque o critério do Reino não será o prestígio, o conhecimento religioso ou as aparências, mas a capacidade de amar e servir, isso é ser santo.
Dessa forma, Jesus revela que o amor é o caminho do Céu. O Reino não é uma recompensa externa, mas o resultado natural de um coração transformado pelo amor. Aqueles que souberam ver Cristo nos famintos, nos doentes, nos pobres e nos esquecidos já viviam o Reino, mesmo antes de ouvi-lo como promessa.
Os santos vivem esse amor sem medida, dedicando-se aos fracos, pobres, doentes e necessitados, intercedendo em seu favor e transformando realidades para o bem, pois são mensageiros de Cristo na Terra e, assim como eles, devemos florescer e dar frutos em nossa comunidade, trabalho e família, como peregrinos da esperança.
Antes de se manifestar em gestos, a santidade nasce na intimidade com Deus. Portanto, ser santo é amar nas pequenas coisas e ser feliz porque se vive da presença de Deus; é transformar o ordinário em extraordinário pelo amor, vivendo cada instante como uma oportunidade de oferecer-se a Ele, o que nos torna mais parecidos com Jesus.
“Sede santos, porque Eu sou santo.” (1Pe 1,16)
Mais informações: @pscjmab
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